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Relato Integrado - “Cuidar do não financeiro para obter o financeiro”


“Cuidar do não financeiro para obter o financeiro”

Essa foi uma das frases mais simples e marcantes da nossa reunião no escritório da BSD em São Paulo com o Sr. Philippe Peuch-Lestrade - IIRC Deputy to the CEO

O conceito mais disseminado de desenvolvimento sustentável é “atender as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”. Falar de “gerações futuras” pode parecer algo distante e sem muita relação direta com a gente, mas vamos pensar no caso das empresas, que possuem acionistas e investidores: o que eles esperam? Dividendos no curto, médio e longo prazo. Também os analistas e especialistas do mercado de capitais costumam dizer que “ações são investimentos de longo prazo”. Então vamos mudar algumas palavras neste conceito para ficar mais tangível esse tão falado desenvolvimento sustentável: “atender as necessidades do presente

sem comprometer a possibilidade das empresas e organizações atenderem às suas próprias necessidades futuras, ou seja, sua perenidade e continuidade”.

No atual cenário, as empresas (e acionistas) continuam a ver a geração de valor de forma tacanha, otimizando o desempenho financeiro de curto prazo numa bolha e, ao mesmo tempo, ignorando as necessidades mais importantes do cliente e influências maiores que determinam seu sucesso no longo prazo. A empresa é percebida, em grande medida, um ente autossuficiente, e as questões ambientais, sociais ou comunitárias estão fora de sua alçada. Essa perspectiva permeou o pensamento administrativo nas últimas décadas. A empresa se concentrou em incitar o consumidor a comprar mais e mais de seus produtos. Diante da crescente concorrência e da pressão de acionistas por resultados de curto prazo, gestores recorreram a ondas de reestruturação, corte de pessoal e transferência para regiões de menor custo, alavancando paralelamente o balanço para devolver capital aos investidores. O resultado, em geral, foi comoditização, disputa em preços, pouca inovação real, crescimento orgânico lento e nenhuma vantagem competitiva clara. O valor compartilhado traz mais oportunidades para novas abordagens e gera mais inovação, o que proporciona mais crescimento para as empresas e benefícios para a sociedade. O conceito de valor compartilhado é a relação entre o progresso social e econômico, e tem o poder de deflagrar a próxima onda de crescimento mundial. - Trechos extraídos do artigo “Criação do Valor Compartilhado” de Michael E. Porter e Mark R. Kramer*

Portanto, é necessário aprofundar a análise sobre os riscos e oportunidades que afetam a habilidade da empresa em criar valor, incorporando as questões socioambientais que ainda são deixadas de fora nesta avaliação. Podemos exercitar essa análise através de duas questões que dominam atualmente o contexto brasileiro: Qual a resiliência da empresa com relação ao capital natural, considerando a atual crise hídrica? E sua dependência do capital social, se pensarmos nas greves de caminhoneiros e seus impactos nos fluxos de matéria-prima e distribuição dos produtos? São temas não financeiros, do ambiente externo da empresa, mas que afetam diretamente o desempenho financeiro e, em alguns casos, de forma significativa.

Esse tipo de análise deve ser feita e reportada, pois demonstra a maturidade da empresa, que conhece o ambiente externo, os riscos e oportunidades, e consegue demonstrar sua capacidade para dar continuidade ao negócio. Isso traz uma visão de futuro e mais confiança para quem pretende investir na empresa. E esse é um dos objetivos do framework do Relato Integrado <IR>: “Quanto mais o pensamento integrado estiver enraizado nas atividades de uma organização, mais naturalmente a conectividade da informação fluirá para o relatório, a análise e a gerência.” (A Estrutura Internacional para Relato Integrado - IIRC, p.2.)

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Em breve anunciaremos o nosso novo curso IIRC desenvolvido para orientar as empresas no caminho para um Relato Integrado!

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Philippe Peuch-Lestrade (segundo da direita) na visita na BSD em São Paulo, com Joyce Fernandes, Gerente Executiva BSD Brasil, Beat Grüninger e Felipe Arango (Sócio Fundadores BSD Group).

* Artigo completo: “Criação do Valor Compartilhado” de Michael E. Porter e Mark R. Kramer.

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